30/04/2009

Alcoolismo e direção


Hoje por surgestão de uma leitora desse blog, Joseane (estudante universitária do curso de Pedagogia), quero abordar um tema muito polêmico em nossa sociedade, o consumo de bebidas alcoolica. Você poderá ler sobre o àlcool e a civilização e o mal que ele pode causar ao nosso corpo e a sociedade em geral.


Todas as civilizações conhecem a produção de álcool. No Egito e na Babilônia foram encontrados relatos de sua utilização, datados de 6000 anos atrás. Foram os árabes que incluiram a destilação, aumentando assim a eficácia das bebidas, na Idade Média. No entanto, existe uma grande diversidade de atitudes diante das bebidas alcoólicas. Se para algumas as bebidas alcoólicas fazem parte do dia a dia (para o bem e para o mal) e das principais comemorações (além de constituírem importante fonte de renda e de impostos), em outras, notadamente as civilizações que seguem a religião islâmica, as bebidas alcoólicas são estritamente proibidas. Os índios brasileiros produziam o cauim, uma bebida alcoólica feita da mastigação de mandioca, ou suco de frutos, fervidos em recipiente de cerâmica.
A bebida alcoólica pode ser considerada como a droga mais vendida no planeta, e o alcoolismo, dela decorrente, é um sério problema de saúde pública mundial. Pesquisas recentes sobre os efeitos do álcool no cérebro de adolescentes mostram que essa substância, consumida num padrão considerado nocivo, afeta as regiões responsáveis por habilidades como memória, aprendizado, autocontrole e principalmente a motivação. O hipocampo está ligado aos processos de memorização e aprendizado. Experimentos com ratos realizados na Universidade Duke, nos EUA, mostraram que, em cobaias adolescentes, o álcool tornou mais lenta do que em espécimes adultos a atividade dos neurônios envolvidos na formação de novas memórias. Conforme foi aumentada a dosagem de álcool, a atividade cessou completamente. Em adolescentes humanos, isso pode ser a explicação para os lapsos de memória durante o abuso do álcool. Antigamente, pensava-se que essa situação ocorria apenas em adultos.

Beber Moderadamente, passa a ser a melhor alternativa pra quem não consegue se livrar do vício, desta forma a pessoa estará contribuindo para o bem da sociedade e evitando males para a sua própria saúde.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), consideram-se bebedores moderados os homens que consomem menos do que 21 unidades de álcool por semana e mulheres que consomem até 14 unidades de álcool por semana. Cada unidade de álcool equivale à 10g de álcool, por exemplo 350ml de cerveja com 4% de álcool equivale à 1,5 unidades de álcool. Isto quer dizer que homens podem consumir no máximo por volta de 2 latas de cerveja por dia (ao longo do dia) e mulheres 1 lata. É importante ressaltar que não se deve consumir as 21 ou 14 unidades de álcool concentradas em um único dia, ou em poucos dias, isto poderá levar a pessoa a desenvolver problemas futuros (alcoolismo) ou imediatos (acidentes de trânsito, situações sociais embaraçosas, etc). Ao operar maquinas, dirigir veículos ou manipular instrumentos após ter bebido, não se conta com os mesmos reflexos, tendo em vista, que se encontram comprometidos pelos efeitos de entorpecência. São esses efeitos que explicam porque, na maioria dos países é ilegal dirigir veículos sob o efeito do álcool. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estudos apontam que o “consumo baixo ou moderado de álcool” resulta em uma redução no risco de doenças coronárias. Porém, a OMS adverte que “outros riscos para a saúde e o coração associados ao álcool não favorecem uma recomendação geral de seu uso”.

Foi comprovado que o consumo moderado de álcool está associado a um maior risco de doença de Alzheimer e outras doenças senis, angina no peito, fraturas e osteoporose, diabetes, úlcera duodenal, cálculo biliar, hepatite A, linfomas, pedras nos rins, síndrome metabólica, câncer no pâncreas, doença de Parkinson, artrite reumática e gastrite. O consumo moderado também pode dificultar a memória e o aprendizado, e até piora a pontuação em testes de QI. Porém, um estudo sobre vinhos publicado na American Journal of Clinical Nutrition descobriu que vinhos sem álcool possuem os mesmos benefícios do vinho comum, e que o álcool pode reduzir os benefícios. Acredita-se que sejam os flavonóides presentes no vinho da uva que protegem contra doenças do coração e alguns tipos de câncer. Eles aceleram o sangue durante o consumo de bebida.

Apesar de possuir eficácia comprovada na prevenção de algumas doenças, o álcool, em excesso, pode prejudicar a saúde e a vida pessoal de seus consumidores.
Portamto, diante de tudo que foi lido aqui beba com moderação e se beber não dirija. Lembre-se que tudo pode começar com uma grande festa, porém o final pode ser muito dramático pra você e para as pessoas que você ama. (leia mais)

3 comentários:

Carlos Santiago disse...

Muito informativo, gostei muito dessa postagem.
Abraços

Catarina disse...

Quanto mais alcoolatras, mais gastos pra saude publica.
O país precisa acabar com isso.

Valdir Samp disse...

Muito interessante, precisamos mais cocientizar a todos dos perigos do consumo de alcool.